Desemprego em Queda e Transformações no Mercado de Trabalho no Brasil
Nos últimos quatro anos, o mercado de trabalho brasileiro passou por oscilações importantes, marcadas por uma recuperação pós-pandemia e impactos de crises econômicas globais. A taxa de desemprego, que atingiu um pico de 14,7% em 2021, caiu gradualmente para 6,6% em 2024, o menor índice desde 2012. Essa redução é resultado da retomada de setores como serviços, comércio e indústria, que voltaram a contratar em maior escala, sobretudo com a flexibilização das medidas sanitárias e o avanço da vacinação.
Áreas em Destaque e Média Salarial
As vagas de emprego aumentaram, especialmente nos setores de serviços de "alojamento e alimentação", educação e transporte, além da indústria. Em contrapartida, mesmo com a maior oferta de trabalho, os salários continuam pressionados pela inflação. Atualmente, a média salarial gira em torno de R$ 2.613, cerca de 7% inferior ao nível pré-pandemia, devido à alta dos preços e à necessidade de ajuste no orçamento das empresas para manter suas operações.
Carência de Profissionais e Oportunidades de Emprego
Apesar do aumento de vagas, áreas de tecnologia, saúde e engenharia enfrentam uma carência de profissionais qualificados. Essas áreas oferecem salários superiores à média, com o setor de tecnologia, por exemplo, oferecendo inicialmente de R$ 4.500 a R$ 8.000 para cargos de desenvolvimento de software e análise de dados. O setor de saúde também demanda especialistas em enfermagem e medicina, com salários que podem ultrapassar R$ 5.000 mensais dependendo da localização e da função.
Locais e Plataformas para Busca de Emprego
As oportunidades de emprego são divulgadas principalmente em plataformas digitais como LinkedIn, Indeed e Gupy, que se destacam pela facilidade de acesso. Já para funções específicas e temporárias, o uso de aplicativos como GetNinjas e Workana tem sido uma alternativa crescente. Em paralelo, agências de emprego tradicionais e redes de apoio social continuam a atender uma parcela da população que não tem acesso constante à internet.
Esses dados destacam uma recuperação gradual, mas apontam também os desafios de garantir que o crescimento econômico impacte de forma positiva e sustentável o poder de compra dos trabalhadores e a criação de empregos de qualidade.
Fontes:
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Ministério da Economia do Brasil
Exame
Secretaria de Comunicação Social
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