Dólar atinge R$ 6,12 após pacote fiscal: entenda o impacto na economia e as ações do Banco Central
O dólar disparou para R$ 6,12 nesta quinta-feira (19), reflexo direto da aprovação de um pacote fiscal no Congresso que estabelece novos limites para gastos públicos e ajustes nas contas do governo. A proposta, que visa recuperar a confiança do mercado, trouxe volatilidade cambial, obrigando o Banco Central a intervir. A autoridade monetária leiloou US$ 5 bilhões em reservas internacionais, buscando conter a escalada do câmbio.
Por que o dólar subiu tanto?
Apesar do objetivo do pacote ser sinalizar austeridade, investidores ainda demonstram desconfiança sobre a capacidade do governo de implementar as medidas anunciadas. A incerteza sobre a estabilidade econômica e os temores de um menor crescimento global pressionaram o real, resultando em uma alta acumulada de 3,8% no câmbio ao longo da semana.
A reação do mercado
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, avançou 0,34%, impulsionado pelo otimismo em setores exportadores, como o de commodities. No entanto, analistas apontam que a instabilidade cambial pode encarecer insumos e impactar negativamente outros setores da economia.
Banco Central intensifica ações
Além do leilão de US$ 5 bilhões, o Banco Central já sinalizou que pode tomar medidas adicionais se a volatilidade persistir. A autoridade monetária tem reforçado o compromisso com a estabilidade cambial e o controle inflacionário, destacando que manterá uma política firme frente a pressões externas e internas.
O que esperar a seguir?
Especialistas acreditam que o cenário de incerteza deve continuar no curto prazo. A implementação do pacote fiscal será crucial para determinar o futuro do câmbio. Por outro lado, o aumento do dólar pode beneficiar exportadores, mas pressionará custos de importação e, consequentemente, a inflação.
Fontes:
Terra, Banco Central do Brasil, análises do mercado financeiro. Leia a matéria original.
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