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Foto do escritorIsaque Pers

Entenda por que Gaza Motivou os Bombardeios de Israel contra o Líbano


Nos últimos dias, Israel intensificou seus bombardeios a cidades libanesas como parte de sua campanha militar em resposta aos conflitos na Faixa de Gaza, resultando na morte de mais de 700 libaneses em menos de uma semana.


Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, declarou em um discurso que "não importa os sacrifícios ou consequências, a resistência no Líbano não deixará de apoiar Gaza." Desde o início do conflito, grupos da resistência libanesa, composta por uma coalizão liderada pelo Hezbollah, têm realizado ataques contra Israel, em solidariedade aos palestinos.


O cientista político Bruno Lima Rocha Beaklini explica que a resistência libanesa sempre se mobilizou para apoiar Gaza, ressaltando que conflitos de apoio aos palestinos ocorrem desde 1985. Após os confrontos iniciados em 7 de outubro de 2023, cerca de 120 mil israelenses foram deslocados do norte do país, levantando preocupações em Tel-Aviv sobre a segurança do Porto de Haifa.


Beaklini destaca que o bloqueio naval imposto pelas milícias do Iémen ao porto de Eilat já afetou as operações israelenses. Ele argumenta que o governo de Benjamin Netanyahu intensifica os bombardeios no Líbano como uma forma de desviar a atenção do impasse em Gaza e proteger o Porto de Haifa.


Historicamente, o conflito entre Israel e a resistência libanesa não começou em 2023, mas remonta a 1978, quando Israel invadiu o Líbano em busca da resistência palestina. Após várias invasões, o Hezbollah emergiu como um movimento guerrilheiro, conseguindo expulsar as forças israelenses em 2000. Desde então, Israel lançou outras campanhas contra o Líbano, sendo a mais notória a de 2006.


O Hezbollah, que possui tanto um braço militar quanto político, é um dos principais partidos no parlamento libanês. Embora seja considerado um grupo terrorista por países como os EUA, Reino Unido e Alemanha, as Nações Unidas não o classificam dessa forma, e o Brasil segue essa perspectiva.


Beaklini defende que não há evidências de que o Hezbollah ataque civis desarmados, argumentando que seus atos contra instalações militares e diplomáticas dos EUA na década de 1980 foram atos de guerra, e a acusação de envolvimento em atentados na Argentina carece de provas concretas.


Em meio a este contexto, a diáspora libanesa no Brasil é significativa, com cerca de 3,2 milhões de libaneses ou descendentes vivendo no país, enquanto aproximadamente 21 mil brasileiros residem no Líbano.

Fonte: Agência Brasil

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