Fim da Jornada 6x1: Proposta Busca Mais Qualidade de Vida, mas Traz Desafios para Empresas
O debate sobre a jornada de trabalho 6x1, na qual o trabalhador tem direito a um único dia de folga por semana após seis dias consecutivos de serviço, ganha força no Brasil. O movimento "Vida Além do Trabalho" (VAT), encabeçado por Rick Azevedo, lidera essa discussão, que agora conta com apoio no Congresso para uma possível alteração na legislação trabalhista. O objetivo é garantir uma rotina mais equilibrada, com mais tempo para atividades pessoais e familiares.
Quais São os Benefícios Esperados?
A proposta de acabar com a jornada 6x1 pretende melhorar a saúde mental e física dos trabalhadores, reduzindo o desgaste e os casos de burnout. Diversos estudos indicam que jornadas prolongadas aumentam o risco de transtornos psicológicos, o que pode resultar em afastamentos e gerar um custo significativo para o sistema público de saúde. Além disso, a experiência internacional aponta que jornadas mais curtas tendem a aumentar a produtividade e melhorar a retenção de talentos, o que seria um atrativo especialmente para setores com alta rotatividade de funcionários.
Impacto para Empresas e Desafios para o Setor Produtivo
Por outro lado, a proposta apresenta desafios significativos, sobretudo para setores essenciais, como saúde, segurança e varejo, onde o trabalho contínuo é necessário. Para essas áreas, o fim da jornada 6x1 pode significar custos adicionais com a contratação de mais pessoal e readequação de escalas, o que pode se refletir em aumento de preços ao consumidor. Pequenas e médias empresas, que já operam com margens apertadas, poderiam encontrar dificuldades ainda maiores para se adaptar a esse novo modelo sem impacto financeiro direto.
Considerações Finais
A proposta pelo fim da jornada 6x1 apresenta um potencial de transformação para o mercado de trabalho brasileiro, especialmente ao favorecer o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. No entanto, a implementação de uma mudança tão ampla exigirá um período de transição, além de medidas de apoio governamental para setores com maior dificuldade de adaptação. Assim, o desafio estará em equilibrar o bem-estar dos trabalhadores com a sustentabilidade das empresas, buscando uma solução que contemple todos os lados envolvidos.
Fontes:
Politize!
Revista Fórum,
ABET
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