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Foto do escritorIsaque Pers

Queda na Arrecadação Exige Austeridade e Planejamento em Jundiaí

Atualizado: 11 de dez. de 2024

A cidade de Jundiaí, no interior paulista, enfrenta um cenário de queda na arrecadação e aumento das demandas sociais, reflexo de uma conjuntura nacional de ajustes fiscais e redução dos repasses federais. Com um orçamento aprovado de R$ 4,29 para 2025, a administração municipal terá de adotar medidas mais austeras para equilibrar as contas e manter a prestação de serviços essenciais.



Desafios Orçamentários


A frustração de receita em 2024 superou os R$ 250 milhões, segundo dados da Prefeitura. Apesar de a gestão atual atribuir os desafios à redução dos repasses federais e à pressão por mais serviços, críticos apontam que a expansão dos custos com pessoal e a dependência de financiamentos internacionais também contribuem para a situação fiscal delicada.



Saúde e Educação: Áreas Estratégicas


As áreas de Saúde e Educação continuam a ser as maiores prioridades do orçamento municipal. Para 2025, a Educação contará com R$ 929 milhões, enquanto a Saúde terá R$ 928 milhões. No entanto, a alocação de recursos enfrenta limitações, com mais de 50% das verbas da educação destinadas ao pagamento de pessoal, o que restringe investimentos em infraestrutura e materiais escolares.

Na saúde, o aumento das demandas por atendimentos e a necessidade de expansão da rede exigem um aporte crescente, que, segundo especialistas, pode comprometer a sustentabilidade financeira no longo prazo.



Investimentos e Financiamentos


Obras de mobilidade urbana, como a extensão da Av. Frederico Ozanan e a construção de novas unidades de saúde e educação, dependem significativamente de financiamentos contratados junto a instituições como a CAF (Corporação Andina de Fomento). Embora a gestão afirme que os financiamentos foram estratégicos, opositores questionam a viabilidade de novos empréstimos em um cenário de queda de receita.



Críticas à Gestão Atual


A administração, liderada pelo prefeito Luiz Fernando Machado desde 2017, recebeu críticas sobre a gestão financeira e a alocação de recursos. Embora a cidade tenha conquistado notas altas em ratings fiscais, opositores apontam que ajustes necessários para conter despesas foram adiados, o que agravou os desafios atuais.

Na visão de especialistas, a dependência de financiamentos para investimentos essenciais, como saúde e mobilidade, expõe a fragilidade do planejamento orçamentário e a dificuldade em garantir recursos próprios para essas áreas.



Responsabilidade Compartilhada


Além da gestão local, o cenário econômico nacional também exerce forte impacto. A redução dos repasses federais e a centralização da arrecadação na União dificultam o cumprimento das responsabilidades municipais. Ainda assim, críticos defendem que a administração poderia ter implementado medidas mais rígidas de controle de gastos em anos anteriores para evitar a situação atual.

Jundiaí entra em 2025 diante de grandes desafios fiscais e sociais. O equilíbrio entre austeridade e qualidade dos serviços será decisivo para a próxima gestão, que assume em meio a um cenário econômico desafiador.



Fontes Consultadas


  • Jornal de Jundiaí, entrevista com José Antonio Parimoschi, 08/12/2024.


  • Relatórios da Prefeitura de Jundiaí (Portal da Transparência).


  • Informações da Secretaria do Tesouro Nacional sobre repasses e arrecadação.


  • CAF (Corporação Andina de Fomento): Estudos sobre financiamentos a municípios brasileiros.

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