Reservatórios de Água de São Paulo: Níveis Críticos e Desafios para a Segurança Hídrica em 2025
A situação dos reservatórios de água que abastecem São Paulo e suas regiões vizinhas continua a ser motivo de preocupação. A falta de chuvas regulares e o aumento da demanda por água exigem vigilância constante e planejamento estratégico para garantir o fornecimento nos próximos anos.
Níveis Atuais dos Reservatórios (Novembro de 2024):
Sistema Cantareira: O maior e mais importante sistema de abastecimento da região, atualmente está com cerca de 50% de sua capacidade. Este índice é considerado abaixo do ideal para enfrentar períodos prolongados de seca, exigindo ações preventivas e ajustes no uso da água.
Sistema Guarapiranga: Com um nível de 66%, o Guarapiranga, que atende a áreas da Zona Sul de São Paulo, encontra-se em uma situação relativamente mais confortável, mas ainda assim não atinge a margem de segurança desejada para um abastecimento estável e constante.
Sistema Alto Tietê: Esse sistema, responsável pelo abastecimento de diversas cidades na Zona Leste da capital paulista, apresenta um nível de 69%. Embora superior ao Cantareira, o Alto Tietê também exige monitoramento constante, já que sua capacidade não é suficiente para garantir segurança hídrica a longo prazo sem gestão adequada.
Níveis Recomendados para Garantir a Segurança Hídrica em 2025:
Especialistas indicam que, para que os reservatórios mantenham um fornecimento seguro e confiável de água até 2025, os níveis ideais seriam os seguintes:
Sistema Cantareira: Nível mínimo recomendado de 70%, para assegurar a disponibilidade de água suficiente durante os períodos de estiagem e garantir a operação sem riscos de racionamento.
Sistema Guarapiranga: Nível mínimo de 75%, a fim de lidar com a crescente demanda da Zona Sul de São Paulo e garantir que o sistema tenha capacidade para enfrentar secas mais severas.
Sistema Alto Tietê: Nível mínimo de 80%, considerando a expansão populacional e o aumento da demanda, especialmente com o crescimento de áreas urbanas na região.
A Caminho de 2025:
Com os níveis atuais dos reservatórios abaixo da recomendação ideal para garantir a segurança hídrica, as autoridades precisam intensificar as ações de gestão e preservação, além de investir em soluções sustentáveis, como a readequação de sistemas de distribuição e o estímulo ao uso racional da água pela população.
Fontes:
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
Instituto Trata Brasil
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